Tudo, menos isso!

Um amigo resolveu sair do hotel que trabalhava como diretor. “Não gostei do novo gerente geral que assumiu recentemente”, disse. “O cara não tem visão mercadológica e ainda por cima é um grosso!”. Aproveitei e perguntei: o que pesou mais na tua decisão?  Na lata ele respondeu: “o fato dele ser grosso. Tudo,  menos isso!”

É gente, incompetência as pessoas até aturam. mas grosserias não. Agora, fico pensando no caso deste gerente geral. Ele é grosso, porque não tem visão ou não tem visão porque é grosso? O que, como, quando (e será que) ele pensa? Como foi a vida desse e de outros cidadãos que acham que serem grossos e portadores de chicotes cabresteais podem podem fazer seus colaboradores (funcionários, associados, etc) exercerem suas funções com dignididade, alegria e felicidade? Como ele pode exigir que eles tratem os hóspedes com simpatia?

Conheço um gerente geral que foi mandado embora por ser muito grosso. O RH recebeu tantas queixas que acharam melhor dispensá-lo para melhorar o clima no hotel. Pois é, reclamem! Ninguém é obrigado a trabalhar nessas condições. Reclamem e botem pra fora porque o gerente geral é apenas o líder do empreendimento. Não é ele que abre a porta do carro que trás o hóspede e nem que faz o check in. Não é ele que limpa o quarto e que leva o pedido do room service. Sua maior obrigação é dar o exemplo e cuidar (muito bem) de seus colaboradores para que estes atendam seus hóspedes com alegria. Se o seu gerente geral (ou superior) é grosso, peça ao RH para que tome providências. Vou nessa! Abraços e boa semana!

2 comentários

  1. Patricia Hernández

    Adorei seu texto, Peter! Ele ilustra bem como a Gestão de Pessoas é fundamental para o alcance dos resultados e como as pessoas em posição de liderança precisam de trabalho pessoal para interagirem de forma sadia. Um líder consciente e eficiente se analisa e aprimora constantemente!

    Pessoal! Reclamem seu direito de ter um líder que lhes sirva!!

  2. Peter, Gestão de Pessoas é um tema fascinante, porém delicado, mexe com uma parte muito sensível do ser humano, além de valores e atitudes.
    As empresas deveriam cobrar seus funcionários não só pelo resultado quantitativo, mas também pelo qualitativo. Não importa só quanto, mas como atingimos nossas metas. Parece tão óbvio, mas infelizmente precisa ser falado e repetido mil vezes.
    Abraços, Aléssia

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