O caso do apartamento 203 – Parte 2
Herbert já havia passado por vários hotéis e acumulava em seu currículo boas atuações, aprovadas pelos investidores ou proprietários dos empreendimentos em que trabalhara. Começou na controladoria como auxiliar de contas à pagar, terminou o curso de Economia e fez, em seguida, a pós em Hotelaria. Nunca parou de estudar, fez cursos livres e de especialização, lendo muito e pesquisando nas horas vagas.
Mas, como nada é perfeito nesta vida, Herbert não podia ver um rabo de saia ou, melhor, uma arrumadeira curvada sob a cama. A visão mexia com ele, a batida do coração aumentava e suas mãos começavam a suar. Das duas uma, ou ele saía do ambiente em que estava ou ficava realmente descontrolado.
A doença apareceu quando ainda era um funcionário administrativo. A controladoria ficava em frente à governança e o vai-e-vêm das arrumadeiras muitas vezes deixava-o louco. Começou terapia, mas na primeira sessão não conseguiu se abrir à doutora, ficou com medo e nunca mais voltou. Em casa Herbert sempre foi normal e seus familiares nunca desconfiaram de nada.
O primeiro “ato” de Herbert aconteceu durante sua primeira gerência, por sorte (ou azar) a arrumadeira assediada ficou quieta, não abriu o bico. Outras pediram demissão e nunca um processo por assédio foi aberto, deixando Herbert confortável para seguir com sua loucura.
Assim que Zilda choca-se com Amarildo e cai para trás tonta, quase desmaiada, Herbert a puxa para dentro da UH e fecha a porta. Lá fora no corredor o curioso Amarildo quase urra de dor. Marcos chega e vai logo perguntando:
– O que você tava fazendo, escutando atrás da porta, o que aconteceu, que sangue é esse?
Ouvindo atrás da porta, Herbert logo aparece e com a mão na cabeça diz:
– Que loucura é essa? Fui sair do apartamento e dei de cabeça nesse garçom! Leve-o imediatamente ao RH para fazer um curativo e depois apure o ocorrido. E avise o room service para levar essa bandeja ao apartamento correto!
– Sim senhor Herbert! Vamos Amarildo, ma acompanhe!
Assim que saiem, Herbert entra no apartamento e verifica o estado de Zilda;
– Tudo bem garota? Tá vendo o que dá sair correndo sem pensar?
– Ai, que dor de cabeça! É tudo culpa do senhor!
– De jeito nenhum, você é que a culpada! Vem cá…
– Para seu Herbert…
Não houve como falar mais nada, o gerente geral força o beijo e ela não tem mais ímpetos para resistir e cede. Ele a carrega para a cama e arranca seu uniforme. Minutos depois, antes de sair pela porta ele diz:
– Não esqueça de arrumar o apartamento e não abra o bico!
Assim que ele sai, Zilda pega o telefone e disca para a governança. Por sorte, dona Helena atende. Ela explica o ocorrido rapidamente e diz não saber o que fazer. A governanta que já era bastante experiente diz:
– Fique calma Zilda, você não foi a primeira arrumadeira a ser estuprada por um gerente geral. Sei de casos que te deixariam de cabelo em pé. Arrume o apartamento, tome um banho, desça aqui e não comente nada com ninguém, ouviu?
Depois de tentar lavar a alma, Zilda desce – a segurança não vê ela saindo do apartamento – e vai à sala de dona Helena, senta e conta todos os detalhes. Elas conversam e decidem armar um plano para pegar Herbert. Helena liga de seu celular para o chefe da segurança. Um encontro no dia seguinte pela manhã é marcado…
Continua na semana que vem! Aho!
- Posted in: 1
Poxa vidaaa!
Fiquei megaaa curiosaaaa!
Agora esperar até domingo que vem de novo vai ser dose!
Boa semana! bjusss..!
Sr. Peter acredio que não vai conseguir pegar o Hebert,Pois se trata e alguem bem esperto e sempre tem plano B escondido mas……!
Clodoaldo Ramos
Chef Executivo de Cozinha