O Acontecimento

Sexta fomos ao cinema – a vez anterior foi no segundo semestre de 2007 para assistir Across the Universe. Vimos o mais recente do diretor indiano M.Night Shyamalan, The Happening ou se prefirerem a tradução brasileira, Fim dos tempos.

Últimamente, a crítica e o público não têm gostado muito das películas dele. No Sexto sentido (1999), foi brilhante e aclamado por todos, depois em Corpo fechado (2000), também recebeu elogios, com Sinais (2002), continuou no podium. No A Vila (2004) muitos torceram o nariz, no Dama na água (2006), ninguém falou nada e agora neste, já tem gente que não gostou. Concordo que o título brasileiro (Fim dos tempos) cria uma expectativa que não existiria se fosse O Acontecimento. Os espectadores vão esperando ver o fim de alguma coisa e isso realmente não acontece. Não há um ‘fim’ nessa película, apenas a narração de um acontecimento. Um aviso. Uma ficção talvez até verossímil se analisarmos a fundo. É isso que gosto nos filmes de Shyamalan. Seus roteiros nos fazem pensar e e analisar atentamente todos os detalhes, que muitas vezes passam desapercebidos, além de ter na maioria das vezes uma mensagem construtiva e positiva.

Conheço muitas pessoas que adoram filmes de terror, sem roteiro e moral, com apenas cenas de sustos nonsense. Gosto de suspenses… E esse filme prende a atenção do começo ao fim. Infelizmente não posso entrar em mais detalhes pois poderão existir leitores que ainda não o assitiram. Posso apenas mencionar que, se forem assistir prestem atenção nos detalhes dos acontecimentos em si e a forma como as pessoas reagem. Tudo tem a ver com o que a maioria dos seres humanos está fazedo com o ambiente terreno. E todas essas ações podem nos levar, aí sim, ao final dos tempos.

Há algum meses atrás o Gustavo Hamam me presenteou com um documentário colombiano – O Olho de Hórus – sobre a cultura egípcia. Interessantíssimo, inclusive revelando segredos e os porques da construção das pirâmides. Num dos capítulos, mencionava-se que a terra passa regularmente por ajustes no seu eixo. Se não me engano, a cada 12 mil anos. Algo normal e puramente físico. O problema é que devido às ações humanas no âmbito do desenvolvimento industrial, leia-se poluição, principalmente na última metade do século passado, esse período pode ser antecipado. Jornais argentinos mencionaram na semana passada que a previsão para o derretimento das calotas polares é de até seis anos (2014). O degelo já está causando problemas climáticos em todo o globo. Há quanto tempo estamos com temperaturas baixas em São Paulo, principalmente na madrugada? Precisamos fazer algo, urgente!… Boa semana! E se puder, plante e cuide de uma ou mais árvores. Para quem não sabe como, clique no link do Projeto Plant+Ar aí do lado. Eles são especialistas no assunto e poderão ajudá-los.

Deixe um comentário