Cariocas x Paulistanos

Maria Heloísa Medeiros, de 42 anos, carioca da gema e moradora do Alto Leblon, trabalha no centro do Rio, em frente ao Teatro Municipal. Para chegar lá, são três as opções de Helô: dirigir seu carro; ir de carona com um amigo ou descer a pé ou de bicicleta até a Ataulfo de Paiva, pegar um ônibus e depois o metrô. Qual a escolha que ela faz? A terceira. “Prefiro me exercitar, ver pessoas e não me estressar no trânsito, além de economizar combustível e colaborar para a diminuição do aquecimento global. No caminho, posso ler um livro ou conversar com outro cidadão”, explica Helô.

A cerca de 400 km dali, em São Paulo, Carolina Silva Melo, 40, mora na Granja Julieta, na zona Sul. Ela trabalha na Lapa, quase a mesma distância que a Helô do seu local de trabalho. As opções de locomoção da paulistana são quase iguais: pode ir de carro; pedalar 2 km até a estação de trem, fazer baldeação em Osasco e descer na Lapa, ou tomar um ônibus. A decisão dela é ir de carro. Enfrentar a Marginal Pinheiros terrivelmente congestionada com o ar condicionado do seu veículo ligado, pois a poluição gerada pelos caminhões não permite deixar o vidro aberto. “Não gosto de ir de trem ou ônibus. Estão sempre lotados e alguns corredores não andam. Prefiro manter o meu conforto”, diz Carol.

No final de semana, a variação das duas brasileiras também é notória. Enquanto que a Helô desce para curtir a praia do Leblon, onde almoça e depois segue direto para o butequim da esquina onde encontra seus amigos, e, no domingo, fica em casa e pela tarde sai para um passeio ou um cineminha. Já, a Carol, no sábado de manhã vai ao cabelereiro. Depois, almoça no shopping com as amigas, faz uma comprinha e dependendo do ânimo, ou do filme em cartaz, pipoqueia na sala escura. Aos domingos, curte um almoço familiar e a noite sai com amigos.

Moral da história? Alguma das duas personagens está errada? Com qual delas você se identifica? Aspectos culturais influenciam os seus modos de vida? Pense e se quiser comente.

Enquanto isso, em Cingapura, a escuderia-vermelinha-milionária-que-não-tem-mais-o-que-inventar melou (de novo) a corrida do Massa. A ferrari (com “f” minúsculo mesmo) mostrou ao mundo que tecnologia demais não serve pra nada. Sua traquitana para avisar o piloto que pode sair do box naufragou a esperança do brasileiro ultrapassar o Hamilton no campeonato. O antigo “pirulito” abolido voltou na mesma corrida quando Kimi, o finlandês, pitstopeou. A estréia do circuito noturno foi reprovada pela maioria dos pilotos. A razão da queixa alheia são as ondulações da pista que chegaram a machucar alguns pilotos. Too bad Mr. Ecclestone!! Fui com desejos de uma excelente semana para todos!

2 comentários

  1. Roberto

    Fala Peter,

    Desde de setembro do ano passado que nao uso mais o carro para trabalhar! Diria que o balanço até hoje é positivo, afinal o transito de SP é um verdadeiro caos!

    Obviamente que tem horas que penso a voltar usar o carro por que nosso transporte coletivo tambem nao ajuda muito e somando a falta de educacao da populacao, mas quando olho pela janela do onibus e vejo tudo parado, motoboys kamikazes desisto da ideia e continuo no “busao”.

    Abraço,
    Roberto

  2. Carol

    Oi Peter!!!
    Eu quero te falar que a minha amiga e conterrânea Maria Heloisa, carioca da gema, chega facilmente ao Centro da cidade porque não mora depois dos túneis…
    Ela não precisa, por conta da fantástica localização de sua residência, pegar o carro e atravessar o rebouças engarrafado todos os dias para chegar ao seu local de trabalho, nem tão pouco ficar pendurada nos ônibus lotados da cidade maravilhosa.
    Por conta desta “facilidade”, ela também corre menos risco de ser alvo de uma bala perdida ou de passar por um arrastão na altura do Zuzu Angel!!!!!
    O fato é que para cariocas e paulistanos a regra é a mesma … estamos numa selva, só que no Rio os leões não se satisfazem tão somente com a carne, eles levam também o couro da população!!!
    Beijusssss!!!!!

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