A inconstante consistência na hotelaria

Outro mês estive em um resort situado fora do Brasil para apurar um In Loco Especial. Vários restaurantes, um mil e poucos quartos, complexo disso e daquilo, milhares de m² de área. Tudo o que possa imaginar, bem quase tudo, acho que é impossível um lugar ter tudo, exagero. Bom, esse empreendimento acabara de ganhar uma ala nova de apartamentos. Tudo muito novo e bonito.
– Bom, o cara vem para fazer uma matéria, onde vamos alojá-lo?
– Na ala nova?
No, no. Me deram uma suíte enorme, mas antiga, a cama toda cheia de pétalas, flores (e eu sozinho), uma das maiores cestas de frutas que já recebi de mimo, tudo muito bacana (acho esse termo ótimo, me faz lembrar da Jovem Guarda, mora!). Beleza, fui para a pia lavar as mãos, tudo decorado com mais flores, mas… O que é isso? Formigas? Um monte delas. Tudo bem! Tudo bem nada! Hotel não pode ter formigas, ou pode? Não, não pode. Tirei as flores e fui para cama, liguei a TV com o controle e abriu no canal do hotel, ótimo, assisti. Acabou. Mudei de canal. Não pega, avança, nada, avança, nada. Desliga, liga. O canal do resort. Avança, nada. Desliga.

Levantei da cama, fui para o banheiro para o número 1, acendo a luz usando obviamente o interruptor. Ô-ou…Falta 1/4 dele. Como se tivesse quebrado a ponta direita de baixo. O resort é cinco estrelas. É? Já não sei! A descarga tem duas opções: para o número 1 vem pouca água e para a outra necessidade, vem mais. Inteligente. Ponto para o resort!

Volto pra cama, na hora que sento, escuto um nhec e o estrado afunda um pouco, levanto, olho embaixo e vejo: defeito. Tá solto. Resolvo chamar o síndico ou melhor, o mordomo. Ele vem, tenta arrumar a TV, não consegue, joga um monte de spray inseticida sob a bancada. Não falo da cama, nem do interruptor.

No dia seguinte vou dar uma volta pelo grandioso resort. Muita coisa legal. Percebo, porém, que algumas áreas estão precisando de mais cuidado. Ando por uma alameda paralela à praia. Vejo uma construção baixa. O que será? Chego mais perto e é uma lixeira! Um depósito de lixo para uma ala de apartamentos. Lugar estranho para por isso. Deveria ficar escondido, né? Nas duas noites que fiquei lá não vi o gerente geral do hotel. Será que ele sai do seu escritório? Anda pelo empreendimento?

Um resort tem que estar tinindo, não pode ter desleixo, coisas para arrumar, sujou… Limpou. Quebrou… Consertou! Não dá para deixar para depois. É preciso ter consistência, padrão. Se for assim, o hóspede voltará! Me senti com direito de não fazer a matéria. Parti pra outra…

Nesta semana fiquei muito feliz pois nossa segunda edição do seminário foi um sucesso. Todos elogiaram e disseram que estava melhor do que o ano passado. Agora, fica o desafio de melhorar ainda mais. Vamos nessa! Uma excelente semana pra você com muito aprimoramento!  Aho!

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5 comentários

  1. Faaala, irmão… Ótimo texto, pode passar o nome deste Resort??? Não que isso mude alguma coisa, mas quem sabe um dia eu possa ir e já saberei onde “naõ ir”. rsrsr…

    Parabéns pelo teu blog e por estes textos…

    Um grade abraço!!!

    David Vieira

    • blogdopeter

      Grande David, tudo bem? Passei as informações à gerência do hotel, por isso, as correções serão feitas! Pode viajar tranquilo! Abraço e grato pelo comentário!

  2. Ruben

    É isso mesmo, a prestação de serviços só termina quando o hospede utilizou tudo e de uma maneira que satisfaça suas expectativas, só assim irá tê-lo novamente. Tem que ter ações que levem o cliente para dentro do empreendimento e também outras para mantê-lo.

    Abraços!

    • blogdopeter

      Isso mesmo Ruben! Forte abraço e grato pela leitura!

      • blogdopeter

        Olá Vivian! Grato pelo comentário! É preciso criar uma mobilização. Se não reclamar, gritar, espernear, ninguém faz nada! Um abraço!

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