Olhos nos olhos e paz na Califórnia!

Sair de casa (de carro) está cada dia mais difícil. O volume de automóveis tem aumentado consideravelmente ano após ano e a nossa querida Califórnia, no trecho onde moramos entre a Padre Antônio e a Indiana é um caos total. A rua estreita com veículos estacionados do dois lados e ainda por cima com duas mãos, além do trânsito constante de grandes SUVs, caminhões e micro-ônibus escolares, faz com que as pessoas se estressem cada vez mais. O semáforo da esquina está fechado mas, mesmo assim, os egoístas motoristas não permitem passagem. E olha que sempre vamos ao lado oposto! Ou seja, é só deixar passar para seguirem adiante, não serão atrapalhados na suas miseráveis e egoístas vidas. Qualquer dia dou uma de Michael Douglas no filme Falling Down (Um Dia de Fúria), de 1993, e saio atirando ovos nos parabrisas deles. Quero paz na Califórnia, senão… Saio dela!

As pessoas não estão aí para nada, dirigem como loucos, cruzam, atravessam, buzinam, xingam, brigam, se matam (às vezes), ignoram idosos e crianças, só querem saber de si mesmos. Na verdade esses seres não são humanos, porque ser humano está relacionado em ter ímpetos solidários, se importar com o próximo, ajudar sempre que for possível, viver em harmonia e buscar na vida o “saber bem viver”.

A (quase) mesma situação acontece em alguns grandes meios de hospedagem do planeta. Para esclarecer, vamos voltar no tempo: data estelar, maio de 1991; recepção de um cinco estrelas paulistano. Seis recepcionistas, uma concierge, dois caixas, além dos seis mensageiros, três porteiros, uns quatro manobristas, duas telefonistas e um order taker. Esses eram a maioria dos responsáveis pelo atendimento direto às centenas de hóspedes que chegavam e saíam do imponente hotel. Os recepcionistas tinha como objetivo receber os clientes e encaminhá-los para os locais certos.

Quase 20 anos depois, o número de colaboradores diminuiu drasticamente, os recepcionistas têm que fazer check in e check out, atender as ligações externas (e internas), além de outras atividades que os impedem de fazer um atendimento esperado pelos clientes. Como numa rua estreita, eles têm que se virar nos 30 para tentar realizar os procedimentos burocráticos e, também, os de protocolo. O desafio é grande e as recompensas continuam com números dos anos 90.

Gestores, entendam que a recepção é o coração da operação hoteleira. Paguem salários condizentes com o nível de atendimento que exigem de seus profissionais. Desburocratizem os seus procedimentos e deixem-nos livres para poderem equiparar seus olhos com os dos hóspedes.

Aproveitando o Dia Mundial do Turismo, esse grandioso e belo negócio que alimenta e desenvolve a cultura, educação, o relacionamento e a alegria de viajar e ter experiências para a vida toda. Governantes desse Brasil: abram seus corações e escutem os técnicos, transformem este país em um dos mais turísticos deste planeta! Viva! Boa semana! Ahôu!

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1 Comentário

  1. Solange

    Sim, Peter, é tão simples mesmo!
    Basta olhar no olho, somos todos iguais e podemos perfeitamente nos respeitar como tal, é pensar, olha eu ali do outro lado.
    Tudo de melhor!!

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